O que falar desse jogo que mal joguei e já considero pacas? Piadinhas a parte, estou aqui para falar um pouco e brevemente sobre a obra de Ken Levine, Bioshock Infinite. Algumas rápidas palavras que não se prolonguem e expresse minha opinião.
Bem-vindo à Columbia
A ambientação do jogo é fantástica. Assim como seu antecessor, passado em Rapture (afinal, quem liga pro Bioshock 2?), o cenário é rico em detalhes e faz você parar para apreciar a obra de arte que é a ambientação. Sua diferença com o ambiente fechado e claustrofóbico da cidade submersa é a vida. Tudo é vivo, desde a criança jogando bola que vai ofender seu amiguinho como o homem pedindo sua mulher em casamento. Coisas surgem, saltam como se não quisessem nada, um coreto cantando voando sobre uma plataforma, um vendedor passando falando sobre bobagens. O jogo não poupa tempo em te ambientar naquela utopia que é a cidade voadora de Columbia.
Super pulos sobre trilhos?
O forte do Infinite é seu enredo. Isso fica claro para quem está na metade do jogo e sabe que a mecânica de combate não irá mudar muito mais que aquilo mostrado. Sua liberdade fica na exploração do cenário em busca de bala, sais (para recuperar sua "magia") e sacolinhas de energia. Além disso a grande quantidade de vigores (os poderes magicos) é interessante. Apesar de tentar usar todos os vigores, apenas os mais efetivos - como o do corvo que lança corvos deixando inimigos parados e vulneráveis, ou o do cavalo que levita os inimigos por algum tempo - ficavam à mão. Sua mecânica não muda muito dentro do padrão Bioshock: poderes em uma mão, arma na outra. Sua principal diferença é nos trilhos voadores, que, convenhamos, poderia ter sido muito mais utilizados.
Você nunca se importou tanto com uma personagem
Vamos falar do que interessa no Infinite: Elizabeth e seu bizarro poder de "tears" ou fendas. De início o jogo é bonito, depois a ação se torna frenética. Tudo ocorre rápido demais e quando você percebe, está morrendo com a tela cinza procurando cover até em caixa de sapato. Eis que uma personagem vem para salvá-lo. Rapidamente: Elizabeth além de ser a carisma do jogo é a personagem-não-jogável mais útil que já vim em um jogo. Precisa de vida? Munição? Ela está ai. E não para por ai, suas interações com o cenário, sua maneira de interagir com você, suas expressões. Elizabeth tem mais expressões faciais que Kristen Stewart.
Musicalidade
A música é ótima. Seu ritmo acompanha o momento, os jargões sonoros que avisam uma horda de inimigos ou o fim de um combate, o avanço no enredo ou decisão, são ótimos. Além disso toda a sonoplastia e a dublagem em inglês é de tirar o fôlego. Não deixando de lado a qualidade e indispensável Voxofones, parecido com as gravações de jogos de terror, contando mais sobre a história.
Infinidade de teorias
Aquém de tudo o enredo de Infinite é fantástico. Afinal, tudo que ele perde na jogabilidade repetitiva, em algumas facilidades demasiadas (no nível médio apenas), numa interação mais dramática (não que não tenha, mas poderia ter mais) com os eventos ocorridos ao redor, o enredo engole. Contudo logo falo, sem spoiler, que você passará horas teorizando sobre o final, e não apenas isto, ficará estasiado com os créditos.
Considero um dos melhores jogos que tive o prazer de jogar, talvez o que fiquei mais preso em sua trama, a evolução dos fatos e apesar de ver seus defeitos, mergulhei tanta na obra que nem dei atenção a eles. A experiência é muito boa, e se você gosta de algo diferente, de histórias que o faça pensar e ação frenética em diversos momentos, Infinite é seu jogo.
E se você não se convenceu mesmo assim, jogue, é um clássico instantâneo e obviamente será um grande candidato a jogo do ano. E isso não é apenas "da boca pra fora".
PROS: Ótimo enredo, controles fluídos, jogabilidade legal, qualidade gráfica e artística muito boa, cenário semi-aberto, trilha sonora excelente
CONTRA: Combates repetitivos (não considero tanto assim)
Até mais discordiosos o/
Caraca, até na hora de falar dos contras você faz um elogio... Tá queu pa hein! UHAuhauhauh. Brinks. Ótimo Review!
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